Repositório | Corpus Infantil Longitudinal

O presente trabalho tem por objetivo descrever acusticamente as características acústicas das vogais produzidas por uma criança da faixa etária de 5 a 7 meses, de modo a encontrar, dentre os símbolos fonéticos, aqueles que melhor representam esses sons na fala de crianças em fase de aquisição. Na literatura da área, observa-se que são escassos os dados referentes à análise acústica da vocalização na fala infantil. Contudo, sabe-se que ela apresenta particularidades que a difere das vogais produzidas por um adulto. Para tanto, foi adotado o software Praat, aqui utilizado na detecção dos parâmetros de F1 e F2, bem como duração, para análise das vogais. Nosso principal resultado aponta para a produção da vogal /a/ no quinto mês, das vogais /a/, /o/, /u/, /e/, /ε/, /ã/ e /ũ/ no sexto e /a/, /e/, /ε/ e /ũ/ no sétimo.

Este artigo apresenta uma reflexão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), com enfoque na educação especial e inclusão. Apresenta também relatos de casos de crianças com TEA acompanhadas pelo psiquiatra Leo Kanner (1943), e casos recentes, acompanhados por fonoaudiólogos (DANON-BOIELAU, 2001; DELFRATE et al., 2009). Os objetivos desse trabalho são mostrar a importância da família no diagnóstico precoce, que pode afetar o desenvolvimento linguístico e habilidades sociais, e apontar o papel fundamental das políticas e do papel determinante do professor para a inserção de crianças especiais ser satisfatória.

Este trabalho apresenta a análise, interpretação e classificação de holofrases infantis em categorias de atos de fala. A pesquisa foi realizada com dados obtidos do Corpus-CIL, um corpus infantil longitudinal produzido pelo Grupo CIL. São dados obtidos a partir de gravações de fala espontânea de um informante do sexo masculino. O período analisado nesse trabalho compreende a idade de 00;05.01 até 02;00.01 do informante. Foram coletadas todas as ocorrências de holofrase nesse período e algumas foram selecionadas para uma interpretação descritiva. As holofrases foram classificadas em uma série de atos de fala seguindo um inventário proposto por Ninio et al (1994). Trata-se de um procedimento de análise a ser aplicado na interpretação das intenções comunicativas de crianças. O INCA-A – Inventory of Communicative Acts-Abridged – propõe etapas e critérios para o reconhecimento e a subsequente interpretação semântica, pragmática e discursiva do enunciado. As autoras perguntam qual é a intenção comunicativa da criança quando produz x em um dado contexto discursivo.

Este artigo tem como objetivo fazer uma breve revisão dos estudos sobre a aquisição da linguagem em Tomasello, busca esclarecer como é representada a teoria interacionista do ser humano com o ambiente em que vive através de sua comunicação. A partir desses estudos, foram analisadas comparações importantes para este autor que mostram como o desenvolvimento e a aquisição de linguagem não são exclusivamente processos biológicos, mas envolvidos também com fatores históricos e sociais. Sendo assim, são abordadas as interações e suas consequências de acordo com o ambiente evidenciando as diferenças biológicas e cognitivas. Assim, a partir dos estudos de Tomasello, conclui-se que para que a criança fale é necessário o diálogo de maneira direta, sendo a mãe a maior representante da fala. A linguagem e a cognição são variáveis e são construídas de acordo com a cultura transmitida em sua singularidade.

Esta pesquisa objetiva discutir a utilização de estratégias simplificadoras de leitura e escrita para a compreensão de textos acadêmicos. À luz de teorias sobre legibilidade textual, identifica fatores linguísticos que interferem na compreensão de textos e examina textos didáticos utilizados em cursos de graduação da Universidade Federal dos Vales doJequitinhonha e Mucuri para apontar e justificar proposições relativas à inteligibilidade do texto didático. Compreende estratégias de leitura como métodos práticos de interferência no“processo de interpretação” de textos com vistas a facilitar a compreensão. Baseia-se em elementos semânticos e lexicais constituintes de textos acadêmicos.

Esta pesquisa discute o papel da creche, como instituição de ensino infantil no processo de aquisição da língua materna e os efeitos da interação social no desenvolvimento linguistico infantil. O interesse pelo tema surgiu da necessidade de discutir o papel dos espaços de educação infantil destinados à primeira infância na formação social do infante, afim de voltar os olhos da sociedade para a luta pela melhoria desses espaços com o propósito de fornecer a criança uma oportunidade de desenvolvimento pleno e igualitário para todos aqueles que recorrerem a essas. O trabalho foi norteado por três perguntas que foram desenvolvidas para entender esses espaços sociais, sua histórica e seu papel na construção do ser social, foram elas: O que fazem as crianças durante as horas que passam nas instituições infantis conhecidas como creches?; Para a aquisição da língua maternal, o que é interação? e Por que a interação comunicativa extra familiar é tão importante. Os capítulos foram desenvolvidos com o objetivo de responder essas perguntas.